De acordo com a divulgação, os primeiros sintomas apareceram no dia 9 de março. Febre, mialgia (dor muscular), cefaleia (dor de cabeça), náuseas, vômitos, dor abdominal, inapetência e dispneia foram efeitos sentidos pela vítima, que foi internada na terça (14) e faleceu na quarta (15).
Em 2023, 873 casos autóctones já foram confirmados, isto é, quando o contágio ocorre dentro do Estado. No ano passado, foram registrados os maiores índices da doença em toda sua série histórica no Rio Grande do Sul: mais de 57 mil casos autóctones, 11 mil casos importados (quando o contágio ocorre fora do Estado) e 66 óbitos em virtude da dengue.
Combate à dengue no Estado
Houve um investimento extra por parte da Secretaria da Saúde (SES), que, em fevereiro, fez um repasse financeiro de R$ 5,53 milhões para os municípios. O objetivo foi a implementação de ações de Atenção Primária à Saúde voltadas ao enfrentamento das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika). Os repasses foram feitos para utilização na manutenção e na estruturação das ações das Equipes de Saúde da Família e das Unidades de Saúde da atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os repasses ocorrem mediante a apresentação de Planos Municipais de Contingência para Arboviroses, nos quais são descritos os objetivos de qualificar o diagnóstico e o atendimento à população, além das formas de prevenção à circulação do mosquito.
O que é a doença
A dengue é uma doença febril causada por um vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira). Os sinais podem se agravar, ocasionando o extravasamento de plasma ou hemorragias que podem levar a pessoa ao choque grave e à morte.
Ao apresentar sintomas, a pessoa deve procurar um serviço de saúde, ingerir bastante água e evitar uso de medicamentos por conta própria. O serviço médico fornecerá as orientações necessárias para cada caso. Algumas informações gerais são importantes: repousar; passar repelente corporal (para evitar que um mosquito se infecte); utilizar roupas que cubram braços, pernas e pés (a fim de diminuir as áreas disponíveis para o mosquito se alimentar); e utilizar mosquiteiro, principalmente com pessoas acamadas.
O diagnóstico de casos suspeitos deve levar em consideração as questões clínicas (sintomas) e epidemiológicas – como, por exemplo, se o local de moradia ou trabalho é infestado pelo mosquito e se existem outras pessoas com dengue na região.
Os exames laboratoriais são auxiliares na investigação, e não é necessário saber o resultado para iniciar o tratamento. Para essas suspeitas, podem ser realizados exames de laboratório inespecíficos (como hemograma com contagem de plaquetas) e específicos (que pesquisam a presença do vírus no corpo ou, então, anticorpos que reagiram à presença do vírus).
Prevenção
A principal forma de evitar a doença é a eliminação dos potenciais criadouros do Aedes aegypti. O inseto se reproduz em locais com água parada, por isso, algumas das principais recomendações previstas são:
eliminar água parada dos pratinhos e vasos de plantas;
manter caixas d’água tampadas;
colocar tela nos ralos de água da chuva;
secar pneus e protegê-los da chuva;
limpar calhas da residência;
escovar os pratos e trocar a água dos animais de estimação (uma vez por semana);
manter piscinas limpas e com água tratada.
*Com informações do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.